Andrea Lavezzaro é filha de argentinos, mas nasceu e viveu no ABC
Paulista até mudar para São Paulo para começar a estudar Moda na
faculdade, curso que deixou para trás posteriormente. Ela começou a
trabalhar como assistente em estúdios de fotografia e, atualmente, é
fotógrafa oficial do site de modelos tatuadas Suicide Girls.
Consegui uma entrevista dela, e você, leitor do blog,
poderá saber um pouco mais do início de sua carreira e dos trabalhos
que ela faz, além de uma novidade para as tatuadas que buscam um ensaio
fotográfico.
Confira!
Tattoo & Ink – Como você começou a carreira de fotógrafa?
Andrea Lavezzaro – Fui para São Paulo quando
comecei a faculdade de Moda. Sempre gostei mais das aulas de História da
Arte e das de Desenho, e menos do ambiente e mercado de Moda. Mas sabia
que não tinha talento desenhando a ponto de poder fazer uma carreira,
então o mais perto que pude chegar disso foi a fotografia. Essa foi a
minha escolha quando decidi largar a faculdade e trabalhar como
assistente em estúdios para aprender mais na vida real em vez de ter
minhas ideias sobre arte manipuladas por outra instituição, e ao mesmo
tempo, para juntar dinheiro para comprar meu próprio equipamento.
Depois de quase dois anos, pensei que havia conseguido minha
liberdade, mas iniciar uma carreira solo foi muito difícil e, mesmo
trabalhando para a Folha de S. Paulo, nunca tive uma chance real de
crescer, por estar envolvida num ambiente pessoal pouco inspirador. Em
2006, decidi que já estava na hora de ir explorar outros lugares.
Já na primeira vez que visitei a Europa, conheci muitos dos
amigos que tenho até hoje, e um desses foi meu agora ex-namorado, motivo
pelo qual me mudei para a Alemanha sem pensar duas vezes. Muitas coisas
aconteceram desde então, tive a chance de aprender muito sobre outras
culturas e crescer bastante. Hoje sou muito grata por ter tido todas
essas experiências, as boas e más, porque uso tudo isso no meu trabalho.
TI – Desde quando você trabalha para o site Suicide Girls?
AL – Desde 2006 eu fotografo para o Suicide Girls,
como fotógrafa oficial deles aonde quer que eu vá. Assim é como a
maioria das pessoas conhece meu trabalho, mas de maneira superficial,
porque faço outras coisas além de nus de meninas tatuadas. De qualquer
maneira, gosto bastante de trabalhar com isso, pois tenho a liberdade
que procurava de poder viajar, fazer meus horários e criar sem ter um
chefe ou rotina – mas não é tão fácil como soa, pois eu tenho que lidar
com diversos tipos de problemas o tempo todo. Fotografar é só uma parte
do processo.
TI – Você faz outros trabalhos, além do Suicide Girls?
AL – Eu também trabalho para diferentes revistas
na Europa, projetos pessoais (que são meus favoritos) e para o cinema
alemão. Meu trabalho pode ser visto em meu site.
Este ano estou lançando meu primeiro livro com algumas fotos que já
foram publicadas e tiveram grande receptividade e, na maioria,
exclusivas (aqui tem um link sobre o livro e como consegui-lo).
É sobre o que costumo fotografar: cenas esquisitas e no meio da
rua. Sempre tento sair da cena da tatuagem, só porque não gosto de
rótulos mesmo, mas, tendo tantas tatuagens e amigos que também as têm,
fica difícil. Então continuo a fotografar o que está ao meu redor. Gosto
muito do meu trabalho, fico feliz com a atenção que ele vem recebendo e
por poder interagir com tantas pessoas interessantes.
TI – Qual é a novidade para a sua vinda ao Brasil?
AL – Estou indo ao Brasil, como vou todo começo
do ano, para uma visita entre 17 de janeiro 3 de março. E estou
procurando mais meninas para fotografar para o Suicide Girls, mas também
clientes que queiram fazer ensaios pessoais. Vou para São Paulo e para o
Rio de Janeiro, mas adoraria finalmente conhecer a Bahia e Brasília,
para fotografar as cidades e quem quiser ser fotografado por lá.
Tenho uma página no Facebook, que é atualizada frequentemente, e um perfil no Instagram, espaço em que todos podem ver mais fotos que faço. É fácil entrar em contato comigo por qualquer um desses meios.
Veja abaixo parte do trabalhos feitos pela fotógrafa!
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